domingo, 13 de junho de 2010

A história do jornalismo em Caruaru


A história do jornalismo em Caruaru



O primeiro jornal a circular em Caruaru foi “O Vigia” criado em 04 de Abril de 1899 desde então, foram mais de cem periódicos fundados em Caruaru ,dentre eles estão, Gazeta de Caruaru, Caruaru Jornal, O Circulista,O Rádio ,O Imparcial , Cabocla ,Avante, A Defesa , 15 de Abril ,O Clarim , O Berimbau, Alfiner. O Caruaruense, O Momento, União, Rubro negro, A Razão, O Vigia e Jornal Vanguarda.

São várias as classificações atribuídas a estes jornais, humorístico, noticioso, informativo, crítico, político ou literário e diversos os motivos para o surgimento de um número tão significativo de jornais. Grande parte destes tiveram uma “vida” breve com poucos números editados, outros existiram por longos anos e exerceram papel importante na história do jornalismo desta cidade,como”o Caruaruense”(de1919) , “15 de novembro”, (1914 a 1931), “ A Defesa”(1932 a 1985), “o jornal Vanguarda”(desde 1932).

Atualmente há em Caruaru dois jornais impressos, o jornal Extra e jornal Vanguarda ambos de publicação semanal. O Vanguarda é o jornal mais antigo em circulação e sua distribuição é feita em 22 cidades do agreste pernambucano.







O Jornal Vanguarda

O primeiro jornal Vanguarda circulou no dia 1 de maio de 1932, com quatro páginas e uma tiragem de 800 exemplares. O jornal foi idealizado por José Carlos Florêncio que desejava criar um jornal independente,na ocasião o Vanguarda circulava em 12 municípios do agreste pernambucano eles,Caruaru,Agrestina, Bezerros,Bonito,Arcoverde,Recife.




O jovem José Carlos Florêncio, então com vinte anos, se inspirou em um periódico carioca para escolher o nome. O acervo material e anúncios foram adquiridos de “O Pororoca” um jornal irreverente e humorístico. Após a venda das oficinas de “O Pororoca”, O Vanguarda passou a ser impresso nas oficinas do “Jornal de Caruaru” que já não circulava mais, tempos depois José Carlos Florêncio comprou as máquinas ,assim o jornal passou a ter suas próprias oficinas.

Com o desenvolvimento do jornalismo em Caruaru, houve a necessidade de novos investimentos, José Carlos adquiriu a tipografia “A Primavera” que possuía entre os equipamentos um prelo “Jesus” que imprimia duas páginas de uma só vez,um avanço para a época.

José Carlos Florêncio morreu em 1964, o Jornal Vanguarda estava arrendado a Gilvan Silva que comprou o semanário em 1968, Gilvan Silva comprou a primeira linotipo de Caruaru era uma máquina muito moderna

Ele foi proprietário do Vanguarda até 15 de novembro de 1985,quando o vendeu ao grupo “Lyra”. O semanário passou por intenso processo de modernização e o jornal que era feito em linotipo passou a ser feito em Composer e logo depois ,foi informatizado. Também foram contratados jornalistas profissionais, o primeiro deles foi Roberto Alumeriano.



O desafio do jornal impresso

Com o advento do rádio e da televisão, a imprensa escrita perdeu espaço, pois a imprensa falada insere dados emocionais, como entoações da voz, ritmo da fala e no caso da imprensa televisiva os elementos visuais, há ainda o fator de maior importância, a velocidade com que a notícia é transmitida. O maior desafio do jornal impresso é manter-se atraente para o consumidor acrescentando às notícias, pormenores que não seriam possíveis na imprensa falada e desenvolvendo a mídia eletrônica, conquistando desse modo um dos principais atrativos do rádio e da televisão: a velocidade na informação.

Novo projetos



Em entrevista, a chefe de redação do jornal Vanguarda Lea Renata fala do perfil do jornal Vanguarda, dos novos investimentos e das mudanças no semanário. “O jornal Vanguarda tem 76 anos de história, é portanto um jornal que segue um estilo tradicional que busca atender as expectativas de leitores que acompanha o semanário a muitos anos ,por isso as notícias são escritas de forma leve,sem grandes especulações”

Lea Renata fala ainda dos novos investimentos e do processo de modernização do jornal que adquiriu uma máquina bem mais moderna, uma “Heildeberg” importada do Canadá que reduz pela metade o tempo de produção do jornal, o motivo de tal investimento segundo Lea Renata é o projeto de aumentar a edição que passará de uma para duas edições semanais e posteriormente edições diárias. Ao ser questionada sobre o futuro do jornal impresso, ela diz haver mercado permanente e lembra que houveram especulações a respeito do rádio quando surgiu a televisão.

“No entanto o rádio continuou tendo seu espaço. Não acredito no fim do jornal impresso porque com certeza sempre haverá quem prefira a notícia de forma mais detalhada, o que não acontece sempre no jornal online, mas até fazendo jus ao nome, o jornal Vanguarda também investe na mídia digital e tem o jornal Vanguarda online onde se pode ler o jornal da forma como ele é impresso, pois um sistema flip permite visualizar página por página e também o blog Vanguarda com notícias atualizadas diariamente, mas de forma resumida”

A chefe de redação conta que jornal Vanguarda passou recentemente por transformações no seu formato e diagramação. Está menor e mais estreito o que facilita a leitura e o manuseio, acompanhado o padrão dos jornais americanos.

Por:
Leia Barbara Santana

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