sexta-feira, 18 de junho de 2010

SÃO REFLEXÕES DO CARNEIRINHO.


Historicamente os festejos de São João, homenageiam João Batista (São João) que nasceu em 24 de junho e também chamado de João, o Batizador (AO 1945: Baptizador) (Judéia, 2 a.C. - 30 d.C.) foi um pregador judeu, do início do século I, citado por inúmeros historiadores, entre os quais estão Flávio Josefo e os autores dos quatro Evangelhos da Bíblia.
A festa de são João traz em seu significado religioso, a representação da Sabedoria, a capacidade de aprender algo a partir de nós mesmos.
Já os festejos seculares do São João e da época junina (assim batizada por sua comemoração ocorrerer no mês de junho) transforma a rotina do nordeste brasileiro.

Com celebrações, fogos, danças típicas, comidas típicas e alguns outros costumes que variam de acordo com o Estado.
No Rio Grande do norte por exemplo, são as danças da cultura popular do Estado como a macambira, o boi e outros costumes locais que dão cor a festa.

Já no Estado da Paraíba e de Pernambuco os festejos são bem parecidos, e por isso, a rivalidade se alimentou a tal ponto de duas cidades do interior de cada Estado (Caruaru-PE e Campina Grande na Paraíba) disputarem o título de maior São João do mundo, cada uma com argumentos diferentes. Em termos quantitativos o São João de Caruaru é bem mais numeroso. Com tal fato, Campina Grande não usa mais o adjetivo de “maior” e hoje em dia diz apenas o “melhor” São João do Mundo.

Com esta rivalidade, os beneficiados são os habitantes e os amantes dos festejos, que todos os anos esperam a divulgação das programações de cada uma das cidades(como a mesma expectativa de um carioca na apuração dos vencedores das escolas de samba do Rio de Janeiro), e só depois do anuncio oficial os turistas decidem qual será o destino no mês de junho.
Porém de forma ainda tímida, a cidade de Gravatá tem entrado no circuito e tenta atrair os turistas que vem da capital pernambucana para o interior do Estado (Caruaru) tentando convencer os mesmo, a diminuírem o percurso da viagem e comemorar os festejos do carneirinho por lá mesmo.

Não são apenas as comidas, as quadrilhas, o forró e os conhecidos e tradicionais costumes que sustentam a festa, algumas polêmicas que atrai a atenção.
Questões culturais tem sido tema de debates entre a sociedade e se tornaram assuntos na boca do povo nos meses que antecedem junho.

Muitos estão insatisfeitos com a forma midíatica que o festejo vem sendo tratado, alegam que as tradições estão ficando esquecidas na memória dos que viveram as comemorações do passado.
Por outro lado, outros em sua maioria jovens, acham que a evolução é necessária para que a festa se torne atrativa. E ainda existe outro aspecto não menos importante, o comércio, que vive de números e faturamentos. Para este ultimo, não interessa muito os valores culturais, já que o importante nesse caso são os valores de lucros que a festa traz.
Tal impasse, faz com que o festejo Junino (secular), traga não apenas polêmicas, tradições ou lucros, mas, nos convida a pensarmos na medida de cada coisa, em até onde os costumes precisam ser preservados ou se devemos renegar a renovação.

Fazendo um “link” no valor da festa em seu sentido religioso, creio que retornaremos ao seu significado alfa, o de que o São João representa a Sabedoria (que precisamos buscar) e a capacidade de aprender com algo a partir de nós mesmos.
O que significa, não ignorar o passado e não fecharmos os olhos para o futuro.
Para encerrar, independente de qual seja o seu consentimento do que é uma festa cultual ou apenas midíatica, relembro uma canção importantíssima, cantada pelo reio do baião Luiz Gonzaga.
“Olha pro céu meu amor, veja como ele está lindo, olha aquele balão multicor que lá no seu vai sumindo”.
A ultima frase devemos apenas recordar, mesmo porque soltar balão hoje em dia é crime.





Por: Tony Maciel

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